quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Flávio Hora: Um Homem Apaixonado

Carta I

Quantos versos esquecidos
Escrevi e nem mesmo eu pude ler...
A musa estava dormindo,
A pena já não sentia prazer
O papel aos poucos sumindo
Amarrotado do meu sofrer.

No mundo das minhas andanças
De tudo aquilo que passou
Hoje, só resta lembranças
Mitos, boatos e saudades
Romances raros e esperanças
Na solidão dos meus anos
Onde só tenho perplexidades
E tristes desenganos.

E a paixão natural,
Fonte que brota do meu ser,
Cuida em me manter aceso
Em me dar esse prazer
Contemplar tudo que é belo
Admirar sorrisos
Colecionar olhares
E construir o meu castelo...

E assim,
Tão apaixonado como agora
Vivo a sonhar com meu mundo
Diferente de outrora
Com um sentimento profundo
Que o tempo revigora:
O desejo fecundo...!

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