terça-feira, 17 de julho de 2012

POEMA DO REENCONTRO



À primeira vista achei semelhante
E vi que já era a segunda
Vez, que de mim a vi diante
Tão linda numa humildade profunda
E um olhar tão sereno, como o diamante
Azuis, lapidados, a alma fecunda
Como se estivesse ali um novo tema
E assim, a reencontrei num poema.

Seu corpo escultural cheio de vida
Entrelaçados na sua idade com frescor
Fez-me descobrir que nutrida
De amor, estavas ainda em seu vigor
Pois, a juventude de outrora já amadurecida
A fez mulher e lhe deu mais pudor
E na lembrança, dela o que mais fascina
É a sua face inocente de menina.

Comparando cada passo, reparei na silhueta
Que o vestido longo e bem comportado
Ostentava a sua beleza desde antes ninfeta.
Hoje, quando a vi, eu, tão calejado
Da solidão, minha mais nova faceta
De poeta, do primeiro amor enamorado.
A saudade, a perda, a dor da separação
Em seus braços entorpeceu a ferida do coração.

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